Nossa História




Era uma vez um lenhador que vivia nos arredores da floresta com a esposa e dois filhos, Jo e Maria. Eles eram muito pobres,
e a vida era tão difícil que eles raramente tinham algo para comer. "O que vamos fazer?" perguntou o lenhador tristemente. “As crianças vão morrer de fome!"
"Nós teremos que abandoná-las na floresta;” respondeu a esposa. “Alguém vai encontrá-las e ficará com pena!"


Com o coração partido, o lenhador concordou em levar as crianças para a floresta na manhã seguinte. Mas ele não sabia que as crianças estavam acordadas; quando ouviram por acaso seus pais conversando, Maria comou a chorar. Seu irmão tentou confortá-la. ··Não chore, irmãzinha!" disse ele, abraçando-a bem apertado. "Eu tenho um plano. Você vai ver, tudo vai dar certo"



Naquela noite.

depois que todos foram dormir, João colocou seu plano em ação. Ele saiu de fininho de casa, quietinho corno um rato e encheu seus bolsos
c
om brilhantes pedras brancas. E então voltou para a cama.





Bem cedo na manhã seguinte, o lenhador e a esposa levaram as crianças para a mata. À medida que eles se afastavam cada vez mais da casa, João deixava cair as pedrinhas brancas

pelo caminho. Por fim, o lenhador acendeu uma grande fogueira e fez as crianças sentarem em volta. "Esperem por nós aqui;'
ele disse, e os dois desapareceram na floresta. As crianças estavam tão cansadas da longa caminhada que logo

pegaram no sono.


Quando acordaram de novo era noite e a fogueira tinha se
ap
agado. "Estou assustada;' sussurrou Maria." Não se preocupe;' disse João, "apenas me siga:'
Com a luz da lua iluminando a trilha de pedrinhas brancas, as crianças conseguiram encontrar o caminho para casa. Seus pais ficaram felizes ao vê-Ias, mas eles não tinham mudado de idéia, as criaas teriam que partir. João queria sair de mansinho para achar mais pedrinhas, mas a porta estava trancada.



No dia seguinte, o lenhador e sua esposa entraram ainda
mai
s na floresta levando as crianças. Desta vez, João deixou um rastro de migalhas de pão para marcar o caminho.

"Eu voltarei para bus-los mais tarde'' prometeu o lenhador ·preocupado.


João e Maria esperaram desesperadamente que o pai retornasse. Mas logo o dia virou noite e o havia sinal algum dele. De os dadas, as crianças esperaram a lua aparecer e iluminar o caminho. Mas o rastro de migalhas havia desaparecido! Os ssaros tinham comido tudo.. Assustados com as sombras e sons estranhos da floresta, João e Maria encontraram abrigo em uma grande árvore.

Pela manhã, eles tentaram encontrar o caminho de casa, mas somente andaram cada vez mais mata adentro; a fome e o cansaço aumentaram e eles se sentiram totalmente perdidos. "Tudo parece igual,” disse João. "Eu não sei que
c
aminho seguir!" De repente, as crianças ouviram um
p
assarinho cantando uma bela canção. Enquanto
an
davam em dirão ao som, perceberam que estavam numa clareira. .







"Olhe, João, é uma casa de bolacha!" gritou Maria. "Eu devo
esta
r sonhando!"
Assim que se aproximaram mais, eles viram que o telhado era
fe
ito de chocolate e as janelas eram feitas de biscoitos.





Balas cresciam no jardim e biscoitos gigantes calçavam o caminho até a porta.
As crianças famintas não pensaram duas vezes para saborear as maravilhosas gostosuras. "Nhamm, o pão de mel es
d
elicioso;' murmurou Maria.

Alguns minutos depois, as crianças se assustaram com uma pequena voz que vinha da casa. "Quem está comendo a minha casa?" perguntou uma velha senhora que apareceu na porta. "Pobres queridinhos, entrem;' ela disse para as crianças. A mulher serviu uma deliciosa refeição para eles e os aconchegou bem em uma cama macia e quentinha. De barriga cheia e com o corão feliz, as crianças caíram num sono profundo.








Mas na manhã seguinte, as coisas não pareciam tão
maravilhosas. Mesmo antes das crianças acordarem, a velha
senhora puxou João para fora da cama e o trancou em uma
jaula no porão. Então ela agarrou Maria fortemente pelo
braço. "Você vai me ajudar a engordar o seu irmão!" ela
rosnou. As crianças, horrorizadas, perceberam então que
a velha era na verdade uma bruxa malvada.


Dia após dia, a bruxa obrigava Maria a preparar fartas
re
feões para João. E todas as noites ela dizia para João esticar um dedo para fora da jaula, para ela. verificar se ele estava mais gordinho. Mas João sabia que a velha
enxe
rgava muito mal, então ele a enganava usando um
os
so de galinha em vez do dedinho. "Por que você não
está engordando?" a bruxa gritava.







Então numa certa manhã, quando Maria havia terminado de lavar a louça, a bruxa malvada revelou seu plano maquiavélico. "Hoje é o grande dia! Pegue o caldeirão para mim!" falou ela, dando gargalhadas. Maria logo entendeu o que iria acontecer. "Eu tenho que descobrir um jeito de salvar o meu pobre irmão;' ela pensou. Eno, por fim, ela percebeu uma boa oportunidade.
Qu
ando a bruxa se inclinou para verificar o fogo, Maria, mais
. rápida do que um raio, empurrou-a para dentro do forno.

"João, nós estamos livres!" Maria gritou ao libertá-lo da
jaula. As crianças correram pela casa, enchendo bem os grandes. cestos com comida. Depois encontraram um ovo de chocolate debaixo da cama da bruxa. Quando eles pegaram o ovo, ele se quebrou e dele surgiram todos os tipos de pedras preciosas.

Maria carregou algumas em seu avental e João encheu seus bolsos. "Vamos para casa!" gritou João.






Como que por sorte, o caminho atrás da casa da bruxa
le
vou-os direto para a antiga casa. Seus pais choraram
de alegria quando viram as crianças se aproximando.
"Vocês vão nos perdoar algum dia?" perguntaram eles.
"É claro que sim!" gritaram João e Maria. As crianças mostraram a eles o que tinham trazido graças ao tesouro da bruxa, agora eles sempre teriam comida na mesa e viveriam
                felizes para todo o sempre.           






João e Maria se perdem na
floresta e ficam cansados, com
frio e com fome. De repente,
eles se deparam com urna casa
feita de bolachas e telhado de
chocolate! Mal sabem que a velha
senhora que mora lá
é, na verdade,
urna bruxa malvada! Corno eles vão escapar deste terrível destino e encontrar o caminho de volta para casa